Cidadania e Civilização II
É necessário formar as pessoas para a sua participação na vida pública. Esta necessidade torna-se mais urgente quando na sociedade de informação em que vivemos, muita informação pertinente não é acessível a todos nós, o que cria desigualdades na questão das oportunidades. Por outro lado, os próprios portugueses ainda não saíram do imobilismo do regime salazarista. A nossa democracia é recente e ainda se caracteriza por vícios antigos, como abusos de poder e incentivos à fraca participação na tomada de decisões públicas. A questão da participação nas decisões não se prende só com as eleições, mas sim com muito trabalho feito em colectividades e movimentos, trabalho esse que tão bons frutos tem dado. O reflexo deste trabalho não é mensurável, mas é sentido por muitas pessoas. Por exemplo, quantas pessoas não usufruem das creches em colectividades, ou não beneficiam de serviços das mesmas. Quantas pessoas não vêm garantidos direitos como a cultura e desporto nas associações. Quantas pessoas não reivindicam, junto do poder local e central, por direitos, bens ou serviços, de uma forma organizada e respeitando as regras civilizacionais. A própria formação do cidadão passa, muitas vezes, pelo envolvimento em associações, onde a discussão e a reflexão engrandece as decisões e forma mentalidades. A ideia do trabalho colectivo e do sentir da comunidade não se ganha sozinho, mas em conjunto.
Nuno Cavaco
7 comentários:
«A nossa democracia é recente e ainda se caracteriza por vícios antigos, como abusos de poder e incentivos à fraca participação na tomada de decisões públicas. A questão da participação nas decisões não se prende só com as eleições...»
Certíssimo diagnóstico, caro Nuno.
Continue por esse caminho lógico e depois confronte-o com a realidade que temos.
Que tal uma discussão do Orçamento Municipal participada e descentralizada como em outras autarquias (cado de Palmela)?
AV1
Não me parece má ideia, há que aprofundá-la.
Um abraço
Nuno Cavaco
Aprofundá-la ou aplicá-la ?
Só se aprofunda o que já existe.
AV1
Av1 eu estava a falar da ideia que apresentou.
Este Cavado dá vómitos
Digo Cavaco!
Com este tipo de linguagem, tipo "Melhoral" (nem faz bem nem faz mal) quere-nos fazer querer que é o quê?
Um ser assexuado?
Sem convicções fortes?
Sem tomates?
Ou é para fazer o contraponto da linguagem que um seu heterónimo usa no ALHOSVEDRENSE?
Caro Conde fui mais uma vez acusado de me fazer passar por quem não sou. Não tenho problemas com isso, mas quero deixar uma nota aos "democratas" da nossa praça, não percam tempo com quem lhes dá vótimos.
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