sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Gulberga, taróloga de Alhos Vedros

"... A organização da primeira Feira Esotérica realizada no pavilhão de exposições da Nersant, em Torres Novas, tinha anunciado cerca de 30 expositores mas o número não passou da dezena. Naquela tarde de sexta-feira pouca gente por ali anda. Ainda são horas de trabalho. A taróloga portuguesa espiritual Gulberga é outra das participantes. O dom é de família e já vem da avó materna, que era cartomante....".

"... ofereço-me para uma consulta grátis. Na pequena divisão onde se acumulam imagens, símbolos religiosos e um prato de pipocas para os Orixás, as cartas vão falar sobre mim. Gulberga, taróloga de Alhos Vedros (descobrimos depois no cartão que nos oferece), manda-me sentar, unir os calcanhares, pousar as mãos nos joelhos com as palmas para cima. A posição não é das mais confortáveis para quem tem a obrigação de respirar fundo e concentrar-se. A taróloga vai perguntando alguns dados pessoais acerca de mim ao meu camarada que filma a cena. Para tentar saber antecipadamente o que a casa gasta."

"... O tema que escolho é saúde. Já de olhos abertos vejo Gulberga dizer-me com cara sisuda que tenho de ter cuidado com as “miudezas” e que devo fazer exames regulares. Nada que a minha médica de família não me recomende. Mas a taróloga vai mais longe. Diz que sou forreta, prepotente e que tenho problemas nas articulações, embora eu não os sinta. Será que o baralho está viciado? Talvez para me animar e para se redimir afirma que em breve vou ganhar algum dinheiro de que não estava à espera. Lembro-me então dos números do Euromilhões fornecidos pelo Dr. Zan e ainda hesito se devo ou não ir fazer uma aposta de última hora. Falta pouco para as sete horas. Decido arriscar e deixo os números do Dr. Zan para a semana. E pelos vistos tive sorte. Pelo menos desta vez…"

IN: O Mirante




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