quarta-feira, setembro 05, 2007
Háháháhahhh... Honra à Moita dos olhos verdes!!!
É sempre com orgulho sereno que vejo chegar a Feira de cada ano e dela leio o que posso.
Já se vai perdendo no tempo, que não na memória, o primeiro prémio que ganhei escrevendo sobre Tauromaquia. Foi em 1988, na Feira de Setembro, que escrevi um artigo intitulado ‘Moita dos olhos verdes’, o qual foi considerado o melhor de quantos se escreveram sobre a referida feira taurina, por ocasião das Festas de N.ª Sr.ª da Boa Viagem. Um lindíssimo troféu, onde, sobre pedra mármore, estão um tinteiro, um papiro e uma pena de escriba!
Quando ao longe se aproximam 20 anos sobre essa data, é sempre com orgulho sereno que vejo chegar a Feira de cada ano e dela leio o que posso e outros escreveram.
A Moita do Ribatejo já está a crescer para as festas deste ano. No passado sábado, foi tempo para a tradição de apresentar o programa oficial e a revista ‘Tauromaquia’ (de Vítor Mendes e Manuel Filipe), de distribuição gratuita. Petiscos, bem temperados, ao ar livre, em jantar com Fados e Sevilhanas, mais ‘toureio de salão’ no palco instalado, onde eu próprio fui entrevistado em jeito de palestra-colóquio.
‘Apoderar um moitense (Luís Procuna) e outras coisas mais’ foi o tema que deu para aquecer... As verdades têm de ser ditas onde quer que seja!
Este ano, o figurino é de quatro corridas e um extra de ‘recortadores’. Oportunidades a jovens e desafios a consagrados, nalguns casos prometendo fogo... A empresa (António Raimundo e Custódio Palhais) e a câmara (Presidente João Lobo) apostaram forte na primeira corrida, juntando três jovens matadores da Moita (Procuna, Velasquez e Parrita), oriundos da escola de toureio local, acontecimento histórico para a aficion moitense, independentemente do percurso dos referidos ‘diestros’, e logo diante de seis toiros de Varela Crujo, ganadaria que costuma proporcionar êxitos.
Moita do Ribatejo tem na sua praça Daniel do Nascimento um culto elevado de exigências taurinas. E este ano, quando se comemora o 120.º aniversário do nascimento daquele patrono, toureiro de eleição na época, a praça de toiros, que é propriedade da Sociedade Moitense de Tauromaquia, pode e deve ter ainda mais sabor.
É claro que ainda não é desta que a Moita do Ribatejo e os seus aficionados têm direito a ser excepção, pois nem os picadores nem as estocadas lhes são reconhecidas como tradição, mantendo-se apenas a tradição de ir a Espanha ver os seus e os outros fazer lá o que por cá não podem.
Da tradição das antigas marés (do rio), verdes de esperança, olhos vivos sobre a arena das verdades, enche-se o tempo de sempre de entusiasmo, ansiedade e Fé.
Por isso, também, uma nova capela será inaugurada junto ao Pátio de Quadrilhas, antes do ‘passeio’ (’cortezias’) de terça-feira. Porque Moita terá sempre olhos verdes (de tal maré) e uma acena generoso de N.ª Sr.ª da Boa Viagem, que ali também é ‘Macarena dos Toureiros’!
ENRIQUE PONCE:
“Busco a felicidade, e , para isso, não há nada melhor que tourear um toiro a gosto, tal como se sente o toureio!” Afirmação de um “maestro do toureio”, figura entre figuras, sensibilidade e elevação de um artista, homem exemplar também fora das arenas. Sempre em destaque!
NUNO CASQUINHA e ANTÓNIO J. FERREIRA
Prosseguem a carreira de novilheiro entre triunfos e muito esforço em Espanha e França. A caminho das suas alternativas de matador para, então e como sempre, tudo começar de novo. Justos destaques nesta temporada!
Maurício do Vale, comentador
in Correio da Manhã - 05/09/2007
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1 comentário:
Por onde anda meu Conde nunca mais aqui veio?
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