segunda-feira, abril 16, 2007

PCP e os comunistas de Alhos Vedros

Ainda sobre o PCP e os comunistas de Alhos Vedros encontrei esta preciosidade:

Novos militantes
«Fiquei fascinada...»

Foi Guilhermina Varela, militante há 19 anos, que convidou Carolina Medeiros a inscrever-se no Partido em 1996. «Os camaradas da célula da Norporte achavam que eu estava muito próxima das ideias do PCP», diz Carolina, que em Novembro de 1998 abandonou a empresa e se tornou funcionária do Partido.
«Os trabalhadores sabiam que eu sou comunista e, por isso, acreditavam muito em mim. Têm uma grande confiança no Partido. Nos últimos tempos da empresa, quando eu acabava de falar nos plenários, havia colegas que me diziam: "Vê-se mesmo que estás no Partido Comunista!". Eu já falava de outra forma, reivindicava as coisas de outra maneira», conta.
«Quando vim para o Partido passei a ter mais consciência de classe. Antes de me tornar militante pensava: "Será que eles quando estão sozinhos se preocupam com os trabalhadores como mostram?" Mas quando comecei a vir às reuniões da célula, fiquei fascinada porque não há reunião onde não se fale dos problemas dos trabalhadores. O que o PCP faz transparecer para fora - para mim, na altura - corresponde à realidade. Está de corpo e alma, preocupados com as pessoas», afirma.
Para Carolina, o Partido granjeia um grande prestígio entre os operários da Norporte por ter acompanhado todo o processo através de funcionários, dos deputados, dos vereadores da Câmara Municipal da Moita e da presidente da Junta de Freguesia de Alhos Vedros. «Todos os comunistas que estavam nas autarquias aqui do concelho deram-nos uma grande força. Quando os trabalhadores viram um grupo enorme de jovens da JCP vir dar o seu apoio, até choraram», lembra Guilhermina.
Carolina não esquece que, após ter entrado no Partido, um dos seus grandes prazeres foi fazer com que uma delegada sindical filiada no PS abandonasse as suas ideais próximas do patronato e começasse a lutar, de facto, pelos trabalhadores.
Mas Carolina não foi a única a entrar no PCP através da célula da empresa. Outras tomaram o mesmo caminho e, como Guilhermina conta, muitos foram os que não votavam no Partido e que começaram a votar.

Pode encontrar a reportagem completa aqui

2 comentários:

Anónimo disse...

E agora veja lá como é que se comportam. As pessoas já nos vêm pedir nos blogs que as ajudemos porque na CMMoita é o que se pode lêr.

Até mais.

AV disse...

Choraram tanto que a fábrica permaneceu aberta até hoje.