Um movimento de cidadãos da Moita iniciou hoje uma recolha de assinaturas para exigir a construção de uma escola secundária naquele município, que funciona há 32 anos em instalações provisórias.
"A escola é provisória há 32 anos, apresentando um elevado grau de degradação com problemas eléctricos, infiltrações e isolamento", disse Ana Jardim, do Movimento Local dos Cidadãos para a Construção da Escola Secundária, que hoje uma recolha de assinaturas e prestou esclarecimentos junto ao estabelecimento de ensino numa acção conjunta com a associação de estudantes.Ana Jardim referiu que os alunos merecem melhores condições e que já é tempo de se avançar para a construção da escola com a estrutura de edifícios permanentes. "Está previsto que as obras comecem em 2007, mas o previsto não é garantido. Queremos algo de concreto porque já chega de coisas provisórias, todos sabemos que o material provisório não tem a qualidade de um definitivo", salientou.Os alunos pintaram hoje uma faixa onde se lia "Somos o futuro não somos provisórios", numa iniciativa onde marcou presença o presidente da Câmara da Moita, João Lobo, e os presidentes de todas a juntas de freguesia do concelho."Esta iniciativa tem como objectivo não deixar cair o compromisso de construir a escola, que está em instalações provisórias há 32 anos", sublinhou João Lobo.O autarca explicou que foi na secundária da Moita que começou a sua actividade de professor e sabe que existem vários problemas. "Não há condições para dar aulas com a dignidade que alunos e professores merecem. Passam muito frio e chuva no interior da escola, para alem dos restantes problemas", salientou.A nova escola, considerada "urgente" pelo edil, vai ser construída no mesmo espaço, com as infra-estruturas provisórias a serem gradualmente substituídas pelos edifícios definitivos.Ana Jardim garante que no futuro vão continuar a lutar pelo início dos trabalhos. "Vamos pedir audiências com os vários grupos parlamentares e também com o Governo e os alunos estão a pensar organizar um jantar de beneficência para a angariação de fundos para ajudar nos trabalhos", concluiu.
Fonte: Público